domingo, novembro 07, 2010

Por dez anos, tem nos sido vendida a idéia de que a qualidade de vida está em dar a alguns o poder de importar batatas fritas, água de coco e leite em pó, computadores ou carros de último tipo vindos do exterior. Nossa geração precisa definir uma qualidade de vida que, no lugar dessas ilusões contemple:
- poder andar nas ruas sem medo de assalto;
- olhar nos olhos dos outros brasileiros sem medo, como se fossem estrangeiros invasores;
- saber que o futuro de nossos filhos será melhor do que o nosso presente;
- ter uma economia que cresça gerando empregos;
- fazer com que nossas estradas não sejam guilhotinas que nos matem em acidentes, ou cadeias que nos aprisionem em seus engarrafamentos;

BUARQUE, Cristovam. A Segunda Abolição. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

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