Por que vou votar na Dilma Rousseff
No segundo turno uma coisa é certa: um presidente será escolhido. Esse apelo para o óbvio é para mostrar que não adianta votar nulo para bancar o idealista, o revoltadinho. Idealismo e revolução se faz nas ruas, e não nas urnas.
Para este segundo turno, temos duas candidaturas: Dilma e Serra. No aspecto econômico, os dois são muito semelhantes. Não farão grandes mudanças nas taxas de juros, jogarão o jogo dos empresários e banqueiros e se esforçarão para controlar a inflação.
Temas como aborto, união civil de homossexuais (ou homoafetivos) e legalização das drogas, são irrelevantes agora. Foram temas importantes na hora de escolher os parlamentares, pois é do Congresso Nacional, e não do Planalto, que sai a decisão. Presidente pode tomar a iniciativa ou talvez vetar, mas a palavra final é dos parlamentares que já escolhemos. Então são discussões que, pra mim, ficaram para trás.
No quesito ética, imagino que os dois até podem ter boa vontade, mas é impossível saber o que se passa em toda a extensão da máquina pública. Então o que pesa nesse aspecto é a postura que adotam quando se descobre a corrupção. E nesse ponto, as investigações ocorridas no governo atual pareceram ser mais transparentes e dotadas de mais autonomia do que na era FHC. No governo atual os mecanismos de controle foram fortalecidos e foi criado o portal da transparência. Nada extraordinário, mas muito melhor do que negar, omitir e engavetar os processos.
Apesar de o governo anterior ter seus méritos por alguns avanços, como a estabilidade monetária e a Lei de Responsabilidade Fiscal, foi marcado também pelo neoliberalismo, com a política de enfraquecimento do Estado, privatização de estatais estratégicas e uma abertura perigosa do mercado.
Já o governo atual conseguiu tirar mais pessoas da miséria, deu mais atenção à educação (lembre-se que FHC vetou a inclusão de filosofia e sociologia no Ensino Médio e elas somente retornaram no governo atual) e inegavelmente fez mais concursos públicos, fortalecendo o Estado.
O governo atual teve coragem de negociar com países e, embora não seja uma potência militar e nem econômica, exerce liderança moral. Os Estados Unidos tentam implantar a todo custo a política neoliberal, mas a verdade é que intervêm na economia e oferecem subsídio à sua produção, coisa que somente o governo atual percebeu e teve coragem de denunciar.
No cenário atual, portanto, eu não vejo Dilma e Serra. Vejo PT e PSDB. Vejo de um lado um PT um pouco mais nacionalista, tentando reduzir a pobreza sem mexer com interesses, e de outro lado, um neoliberalismo escancarado e irresponsável do PSDB/DEM (PFL), disposto a sacrificar toda a população em torno de uma ilusão de progresso, que na verdade só trará benefícios a uma elite.
Por isso, meu voto no segundo turno é Dilma.
No segundo turno uma coisa é certa: um presidente será escolhido. Esse apelo para o óbvio é para mostrar que não adianta votar nulo para bancar o idealista, o revoltadinho. Idealismo e revolução se faz nas ruas, e não nas urnas.
Para este segundo turno, temos duas candidaturas: Dilma e Serra. No aspecto econômico, os dois são muito semelhantes. Não farão grandes mudanças nas taxas de juros, jogarão o jogo dos empresários e banqueiros e se esforçarão para controlar a inflação.
Temas como aborto, união civil de homossexuais (ou homoafetivos) e legalização das drogas, são irrelevantes agora. Foram temas importantes na hora de escolher os parlamentares, pois é do Congresso Nacional, e não do Planalto, que sai a decisão. Presidente pode tomar a iniciativa ou talvez vetar, mas a palavra final é dos parlamentares que já escolhemos. Então são discussões que, pra mim, ficaram para trás.
No quesito ética, imagino que os dois até podem ter boa vontade, mas é impossível saber o que se passa em toda a extensão da máquina pública. Então o que pesa nesse aspecto é a postura que adotam quando se descobre a corrupção. E nesse ponto, as investigações ocorridas no governo atual pareceram ser mais transparentes e dotadas de mais autonomia do que na era FHC. No governo atual os mecanismos de controle foram fortalecidos e foi criado o portal da transparência. Nada extraordinário, mas muito melhor do que negar, omitir e engavetar os processos.
Apesar de o governo anterior ter seus méritos por alguns avanços, como a estabilidade monetária e a Lei de Responsabilidade Fiscal, foi marcado também pelo neoliberalismo, com a política de enfraquecimento do Estado, privatização de estatais estratégicas e uma abertura perigosa do mercado.
Já o governo atual conseguiu tirar mais pessoas da miséria, deu mais atenção à educação (lembre-se que FHC vetou a inclusão de filosofia e sociologia no Ensino Médio e elas somente retornaram no governo atual) e inegavelmente fez mais concursos públicos, fortalecendo o Estado.
O governo atual teve coragem de negociar com países e, embora não seja uma potência militar e nem econômica, exerce liderança moral. Os Estados Unidos tentam implantar a todo custo a política neoliberal, mas a verdade é que intervêm na economia e oferecem subsídio à sua produção, coisa que somente o governo atual percebeu e teve coragem de denunciar.
No cenário atual, portanto, eu não vejo Dilma e Serra. Vejo PT e PSDB. Vejo de um lado um PT um pouco mais nacionalista, tentando reduzir a pobreza sem mexer com interesses, e de outro lado, um neoliberalismo escancarado e irresponsável do PSDB/DEM (PFL), disposto a sacrificar toda a população em torno de uma ilusão de progresso, que na verdade só trará benefícios a uma elite.
Por isso, meu voto no segundo turno é Dilma.
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