No debate presidencial exibido pela Record, a primeira pergunta do candidato tucano José Serra foi dirigida ao socialista Plínio, numa clara provocação à política de Lula.
- Qual sua opinião sobre a política externa do governo Lula?
Prínio respondeu que era uma política megalomaníaca de Lula querer resolver problemas no Haiti, Honduras e Irã. Porque cada país deve saber qual seu lugar na política internacional e que tudo o que o Brasil havia feito foi desfeito imediatamente pelos Estados Unidos.
Empolgado com a resposta, e querendo aproveitar o entusiasmo para continuar os ataques ao presidente Lula, José Serra falou que era ruim para o Brasil manter amizades com países que não respeitam os direitos humanos, e aparecer ao lado de ditaduras como o Irã, que claramente está na corrida para produzir uma bomba nuclear.
Para surpresa ou decepção do tucano, Plínio, em meio a aplausos da platéia incontida, respondeu algo assim:
- Ora, mas nós temos negócios com os Estados Unidos. Quer país para causar mais problemas com direitos humanos que os Estados Unidos? E nós mantemos negócios com eles! Além disso, ninguém deve ter bomba atômica! Mas se os Estados Unidos têm bomba atômica, se Israel tem bomba atômica, porque o Irã não pode ter? é preciso acabar com essa hipocrisia!
Apesar de ter saído das eleições como mais um candidato excêntrico, nenhum expressou com tanta lucidez o pensamento de brasileiros indignados, brasileiros que não partilham desse engodo, dessa ditadura ideológica imposta pelo imperialismo americano e reproduzido pela mídia com ar intelectualismo, forçando a sociedade a acreditar em um maniqueísmo onde, de um lado, representando as forças do bem estão os Estados Unidos e, do outro, o império do mal do oriente.
Segue, sem comentários para a foto, para vergonha nacional e deboche internacional, o que os tucanos chamam de política externa.
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